quinta-feira, 23 de outubro de 2008

MercS - Economia Solidária: Justificativa

MERCADO DE SERVIÇOS – MercS




Para quem não tem dinheiro, a opção
pode ser a Solidariedade organizada.

Justificativa

A história da acumulação da riqueza de toda a nossa civilização desde o início tem sido também uma história de perda do controle social sobre a própria força de trabalho por parte das pessoas simples.
Quando a consciência humana em vários momentos diferentes foi colocada finalmente diante dessa realidade em que se encontrava, provocou o surgimento dos mais elevados, mais bonitos e mais comoventes movimentos de ascensão do espírito. Teria sido assim com a ascensão do cristianismo, com a revolução burguesa, com a opção pela social-democracia.
A tarefa do conhecimento e da criatividade em épocas remotas, como agora tem sido a de descobrir onde as relações de produção subreptíceamente nos submeteram a novas formas de manipulação e de que modo poderíamos mais uma vez sair em busca da liberdade.
Atualmente percebemos que, curiosamente, o surgimento do dinheiro que criativamente permitiu quebrar as relações de servidão inviabilizando o feudo medieval, é hoje com o monetarismo uma forma atraente, qual uma sereia mitológica, de submeter e drenar não somente as energias vivas, mas inclusive os sonhos de indivíduos e nações.
Não desejamos que apressadamente passemos a negar o monetarismo com seu poder globalizante sua força geradora de emprego e ao mesmo tempo instituidor do conforto e da qualidade de vida modernos.
Mas, ao mesmo tempo em que o monetarismo é um formidável arregimentador de indivíduos, trabalhadores e consumidores; ocasionam também a perpetuação da massa de desempregados, carentes, desejosos de serem incluídos e aproveitados pelo sistema. A concentração da renda a nível regional e global leva a uma constante e insidiosa expansão das massas carentes e do desemprego; não somente da pobreza, mas pior ainda, da miséria. Uma revolta instalada no âmago dos excluídos fomenta o tresloucado gesto, a maquinação do crime o surgimento da violência.
Necessitaríamos novamente sair em busca da liberdade?
Aos desempregados: Poderiam trabalhar e serem úteis, sem terem “emprego”? Como poderiam se ocupar? O que poderiam ganhar em troca, que não fosse dinheiro? A resposta paradoxal poderia ser: Voltar ao “escambo” da troca de serviços. Não desordenadamente, mas agora em novos “feudos” onde mais uma vez não circularia dinheiro. Um Mercado de serviços, cada uma com sua “Praça de Serviços”. Uma nova modalidade de economia informal, mas organizada em sociedades civis sem fins lucrativos: “O Mercado de troca de Serviços”. Franklin D.S:. – PE – 07/07/2000.

Nenhum comentário: